segunda-feira, setembro 04, 2006


INVENÇÃO DO BURRO!

Há quem diga que um animal não pode ser inventado, porem sempre ouvi dizer a minha mãe:

- Se tu não tivesses nascido, tinhas que ser inventado.
E olhem logo a ideia que ela me foi dar ...

... tudo começou na noite antes do meu 1º dia de escola, claro que depois de eu ter inventado o "Ministério da Educação" - deixem-me ressalvar que originalmente chamava-se MACROstério da Educação, mas entretanto o actual Concelho de MACROstros conclui que com tanta educação à geração futura, os membros deste Concelho correriam o risco de apenas sobrarem para Presidentes de Regiões Autónomas, Dirigentes de Clubes do Norte, ou mesmo Taxistas.

Voltando ao meu 1º dia de escola, no preciso momento em que começo a testar a minha recente invenção, o adormecer, eis que ouço lá ao fundo a minha mãe:

- Filho, filho ... tás a dormir?

Pensava eu que o silêncio não só me permitiria continuar a testar aquela tão produtiva invenção que acabava de me presentear com uma brasileira toda nua a oferecer-me uma bicicleta, como também serviria de um SIM. Mas claro que sendo a minha mãe já do tempo do recem alterado Ministério da Educação, tempo esse em que com apenas 4 classes o educando já estava preparado para ocupar um cargo na Câmara Municipal, não desistiu da sua convicção de obter uma resposta, continuando repetitivamente com a mesma pergunta até que esta chega ao estado em que somos obrigado a responder a única resposta que se pode dar a uma pergunta destas:

- Não! (Eu ainda tive para responder SIM, mas com 4 Classes em cima ela topava logo que eu estava a mentir).

No dia seguinte pergunta-me:

- Então filho, já acordaste?

no preciso momento em que estou a descer as escadas para tomar o pequeno-almoço, de mochila às costas, gel no cabelo e farda do colégio vestida. Aqui já fui mais doido e respondi:

- Achas mãe? Vim só aqui baixo te dizer para não te esqueceres de me ires perguntar ao quarto se eu estou a dormir, pois já são horas de ir para a escola...

Claro que a 4ª Classe mostrou o que valia:

- Oh filho, já sabes que me custa muito subir estas escadas, aproveita que já estás vestido e vem tomar o pequeno-almoço, que eu logo à noite prometo que não me esqueço de te ir perguntar.

E foi assim, com tamanho grau de raciocínio deste conjunto de perguntas da minha mãe que eu tive necessidade de inventar o tipo de pessoa que ela era.

Concluí que é uma pessoa que: Busca Incansavelmente uma Resposta Ridícula (BIRR)

Para distinguir o meu Pai da minha Mãe, acrescentei um "o" e um "a", que ficou o Birro do meu pai, mais a Birra da minha Mãe.

Eu já tinha percebido que o meu pai fazia sempre birra quando a minha mãe no quarto dizia em bom som que não tinha familiares em Tókyo, e tão pouco tinha telefone (eu cá sempre desconfiei que o meu pai era Japonês, desde o dia que o vi a comer uma ostra crua que por acaso tinha caído no colo da empregada, e que para não deixar cair mais, comeu-a logo ali). Como tal, o meu pai não podia ser Birro e ao mesmo tempo fazer Birra, que era a minha mãe. Tive então que alterar o nome da minha invenção para BURR (o/a), pois com as outras vogais já existia:

- Barro, que é preciso para o Ministério da Educação poder pôr mais uma disciplina que tão bem ensina uma arte que nunca seria possível de os substituir: "Trabalhos Manuais".
- Berro, que é o que a minha mãe deu no duche quando percebeu que "O contrário da água estar quente é a água estar fria".
- Borro, que é muito usado ao fim de um jantar no Chinês: "Se o autocarro se atrasa, BORRO-me todo".

Esta minha invenção atingiu a plenitude, quando determinada companhia de telecomunicações cujo nome termina em "ões" (não, não é a Rádio Leixões), decidiu dar apoio à Busca Incansavel de Respostas Ridículas dos seus clientes, que graças à minha invenção, agora já os podemos chamar de Burros.

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